Portifólio, Promoção, Divulgação da Cultura e as artes Indígenas, na luta e defesa dos direitos universais. Palestra sobre indígena no contexto urbano, artesanato, oficina de artesanato e curso da língua kaxwrientã. Consulta de língua indígenas.
Opkrieka Juruna Xukuru
ARTE TAMBÉM FAZ PARTE DA IDENTIDADE DE UM INDIVIDUO OU DE UM GRUPO, UMA LINGUAGEM QUE SE MANIFESTA COMO MEIO DE EXPRESSÃO, E ASSIM SE CONSTRÓI A CULTURA QUE SÃO OS COSTUMES E TRADIÇÕES E OS MEIOS PELA QUAL SÃO SOCIALIZADOS NA COMUNIDADE E QUE CONSTRÓI VALORES HUMANOS DE UM POVO OU DE UMA NAÇÃO.
terça-feira, 29 de novembro de 2011
Corrida com tora
Corrida com tora
Prova: A corrida com tora foi realizada apenas como demonstração nas quatros primeiras edições dos Jogos. Mas já há uma definição para realizar o primeiro encontro histórico de disputa entre os povos indígenas que possuem essa atividade em sua cultura nos V Jogos ou seja: Xavante, Gavião Kyikatêjê/Parakateyê, Xerente, Krahô e Kanela, bem como outras etnias que desejarem participar da prova.
Histórico: A maioria das toras usadas pelas etnias que praticam esse esporte é do tronco (caule) de buriti, uma espécie de coqueiro. Ë confeccionada de acordo com o ritual a ser realizado, e varia muito conforme a etnia. A demonstração consiste de equipes (clãs) formadas por 10 a 15 atletas de cada lado, em que um atleta carrega uma tora de aproximadamente 100 Kg nas costas, revezando-se até chegar num determinado ponto. As mulheres também participam, porém com toras de menor peso e tamanho, 60 a 70 Kg.
Os Krahô realizam a corrida com duas toras de peso e tamanho similares. Eles realizam a corrida ao amanhecer e ao entardecer. Pela manhã, a corrida tem sentido de ginástica, preparação do corpo. Corre-se apenas com toras usadas, ao redor das casas, em sentido anti-horário. De acordo com a tradição Krahô, o ponto de largada e chegada da corrida é o pátio de uma das casas, a Woto, uma casa preparada para todas as atividades culturais, sociais e políticas. Ao entardecer, corre-se de fora para dentro das aldeias.
Em outros povos a corrida com toras acontece nos rituais, festas e brincadeiras. Nesses casos, as toras podem representar símbolos mágico-religiosos. Durante o ritual do Porkahok, que simboliza o final do período de luto, as toras representam o espírito do morto. Os Xavante, de Mato Grosso, também realizam a Corrida de Tora, o Uiwed, entre duas equipes de 15 a 20 pessoas. Pintam os corpos e correm mais de cinco Km, revezando-se até chegar ao Wa'rãm'ba, o centro da aldeia, e iniciam a Dança do Uwede'hõre. Na festa do U'pdöwarõ, a festa da comida, também existe a corrida com tora, mas nesse evento a tora usada é maior e mais pesada (média de 100 a 110 Km).
Os Gavião Kyikatêjê/Parakateyê, do Pará, também grandes corredores do tora, obedecem os mesmos rituais de outros povos, mas há uma peculiaridade que é o Jãmparti (pronuncia-se Iãmparti), trata-se de uma corrida com uma tora com mais de 100 Kg, mais comprida e carregada por dois atletas. Realizada sempre no período final das corridas de toras comum, ou seja, aquela que é carregada por um atleta, que tem o sentido da harmonia e força. Em todas essas manifestações há a participação das mulheres. Não há um prêmio para o vencedor, pois somente a força física e a resistência são demonstradas.
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